terça-feira, abril 26, 2005

Actividade nova: A Pesca

Como referi num outro dia, há mesmo que aproveitar o que esta Terra tem de bom. Com Sol, Mar, um barquito e um amigo que perceba do assunto, o Camões, havia que experimentar a coisa. As primeiras vezes, como em quase tudo quando se começa, não pescámos nada. Lá houve um dia em que após umas 8 horas a gastar gasolina, lá apanhámos (apanhou o Rodrigo) um pargo... Aí para umas 4 pessoas.... Logo depois de ter pescado uma boia!
Mas nada de esmorecer. Comprou-se equipamento e continuámos a tentar. Pouco tempo depois e após conselhos, muitos, de especialista, já percebíamos alguma coisita de apanhar peixes. E continuámos a investir em equipamento e em tempo. Hoje, para mim, é uma forma muito agradável de passar uma manhã de um dos dias do fim-de-semana, ou mesmo um dia inteiro (se não houver vento para o kite....!), ainda que obrigue a sair da cama às 07:00; ou se calhar, ainda gosto mais mesmo por isso. Mas para realmente valer a pena, é fundamental boa companhia, uma arca com bebidas (umas Cucas), uns mergulhos numa água que varia dos 23º no cacimbo aos 33º no verão, o Sol para não deixar "aclarar" a pele.... E claro, apanhar uns peixitos par dar acção. É difícil explicar a sensação de se ouvir o carreto "cantar". E sentir o peixe a lutar na linha, tentanto imaginar a raça do que vai sair; e se é grande; e se vamos conseguir trazê-lo para o barco sem que ele leve metade do material; e se é comestível para o petisco... enfim...
E depois há os episódios fora da rotina: um peixe, pequenito, que salta da água e bate na cara da Paula, o Rodrigo a fugir de eventuais tubarões (bem, esta já é rotina!), eu a partir uma cana ao fazer o que todo o pescador sabe que não se faz:meter o peixe no barco com a cana; a Bé a gritar assim que o carreto começa a cantar; o motor do barco a apitar do aquecimento e eu e o Rodrigo à procura do NAVIO que fazia aquele som tão estranho; apanhar uma chuvada tal que não sabíamos para que lado era Luanda e para qual era o Brasil; ver umas tartarugas de quando em vez; ou os tentilhões a aproveitarem os peixitos que fogem dos predadores submersos, num jogo que parece uma dança em dois espaços distintos, ar e água... Enfim. Mas depois há os premios (ver fotos abaixo). E depois os premios melhores, que só estando cá para provar: chegar a uma praia com o carvão em brasa e meter o peixe, acabadinho de sair do mar (mas morto); o sashimi mais fresco que já comi; o melhor peixe ao sal que já provei, tão fresco era o espécimen (bem o 2º melhor porque o primeiro foi em casa do Rodrigo, na Tuga). É realmente uma actividade a experimentar antes de julgar.

O meu primeiro serrinha... (podem imaginar a carga de água que nos caiu em cima nesse dia?)


O Rodrigo e o primeiro peixe a sério que pescámos.... e provámos...


É mesmo assim que tratamos deles, quando os dentes são maiores que os nossos...


A Bé e o primeiro Serra...


A primeira barracuda da Paula... (10Kg)


Ainda na luta...


Um bom dia de pesca...

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