domingo, setembro 23, 2007

O meu primeiro dia....

Os Pais falaram do dia que tiveram… Pensam que foi difícil… Pois fica aqui o relato do MEU PRIMEIRO DIA.
A Mãe acordou-me cedinho e tomámos um bom “matabixo”. Ela já devia prever que o dia ia ser longo.
Chegámos à clínica por volta das 10:00. A Dra já tinha ligado para saber se a Mãe tinha desistido… Assim que chegámos, fomos para o quarto e ligaram aquelas maquinas todas. Depois fui sentindo uns “apertos” cada vez mais fortes e mais frequentes. Não sei quem era mas estavam a chatear à brava. Felizmente, parece que não dei muitas dores à mamã.
Lá para as 15:00, senti desaparecer aquela aguinha boa e quentinha que estava à minha volta. E mais apertos….
Até que decidi facilitar a coisa e descer, mas algo me impedia: acho que era o cordão, preso na barrigota e na pernoca. Quanto mais apertavam comigo, menos o meu coração batia.
Felizmente, às 18:50, pararam com os empurrões. Deram uma “dose” maior à Mãe e eu senti que ela estava a “curtir”.
De repente, às 19:07, senti umas mãos a puxarem-me para uma luz muito forte. Ainda chorei um pouquinho mas como não me deixaram voltar lá para dentro, e até me limparam todo, não chateei mais ninguém. Disseram-me que tinha 3,795 Kg e meteram-me debaixo de um “aquecedor”, vestido numa roupinha muito gira mas justinha… Espero que me tenham comprado outras maiorzinhas…
Ouvi muitas vozes mas distingui as da mamã e do papá, apesar do papá estar vestido igual aos outros senhores todos. Ainda me deixaram dar um beijinho à esquimó à mamã. Os papás, que percebem muito do assunto, disseram que eu era o mais lindo de todos…
Passados uns minutos, levaram-me para o quarto onde me deram os apertos, mas desta vez já estava cà fora. Pelo caminho estavam umas caras muito sorridentes e felizes; ouvi os papás comentarem que eram os meus avós e a minha tia. Pareciam estar ainda mais surpreendidos do que eu e a festejar.
Quando cheguei ao quarto, senti uma coisa vazia no estômago e puseram-me uma maminha muito saborosa na boca. Papei até me sentir satisfeito e fui fazer ó-ó. Estava extenuado depois de um dia tão longo. Mesmo assim, passadas umas 3 horas, foram-me acordar para mais “maminha”. Muito bom…. E nem precisei de abrir os olhos.
Por fim fui para outra sala, para deixar a mamã e o papá descansarem, mas sei que amanhã vou estar com eles… Este foi só o primeiro de muitos dias… Até amanhã.

sábado, setembro 22, 2007

Ele há dias nesta terra....

O mesmo título, é verdade, mas para relatar um diazito nesta terra acima do equador.
Decidimos, tirar o n/o crédito habitação de uma instituição (vulgo ladrões incompetentes) para outra, onde está actualmente um amigo n/o. Tudo facil, pagamos menos, etc etc.
Quando nos dirigimos à solicitadora para que ela possa tratar do processo, tirando-nos de cima as longas horas e papeis de registos provisórios, hipotecas etc, a simpática sra pergunta: já comunicou ao registo predial que agora é casado?
Fiquei, ficámos com aquela cara de ham, aham, pois, hum... acho que não.
Não custa nada disse a sra, é só pedir uma certidão de casamento e uma de nascimento suas, Sr Nuno.
Como temos escritura daqui a meia duzia de dias, havia que apressar pelo que fomos tratar do assunto, dos assuntos, no dia seguinte. E é mesmo esse dia:
Começámos por nos dirigir aos registos centrais para tirar a de nascimento, uma vez que a do casamento até foi rápida e não merece comentários aqui. Nos centrais, mais de uma hora de espera (31 numeros de senha à frente), mesmo com a Paulinha grávidíssima, porque 2 ou 3 pessoas antes de nós, apareceu uma sra a pedir 15 (quinze!) certidões. Imaginem, com uma pessoa apenas a atender...
Enfim. Passámos isso e fomos ao Corte Inglês tratar de coisas boas. Para terminar umas belas , horas de compras, fomos buscar os produtos com aquela coisa da Carta de Compras e claro, pedir o tax free. Para continuar o dia, uma menina com 5 dias de casa que demorou 30 minutos a tratar de 2 papelitos. UUUIIII
Depois, fui tratar de uma mazela no ombro a um fisioterapeuta amigo enquanto a Paula, depois de me deixar, foi tratar de uns assuntos de trabalho ao escritório do meu mano. O amigo despachou-me em 10 minutos e umas dicas. Liguei logo à Paulinha para me apanhar e como ela não tinha acabado o trabalho, combinámos que eu ia andando a pé, pela marginal e nos encontráva-mos a meio caminho. Pois fiz o caminho todo, a pé, com um calor daqueles bons e cheguei ao dito escritório pelo caminho mais longo (se não tivesse ido pela estrada para o tal encontro que nunca aconteceu, era metade da distância, maximo).
Bem, para acabar o dia decidimos ir jantar com o kota pois ia ficar a tomar conta do netinho, meu sobrinho, à noite. Para não termos trabalho, decidimos encomendar a um retaurante muito bom na zona, um belo arroz de pato. Para não perder tempo, combinámos esperar 30min e passava lá a apanhar a iguaria. Pois com um dia destes, o pato só podia estar estragado e por isso pediram-me, depois de lá chegar, para escolher outra coisa.
Após 30 min de seca, apareceu uma cabidela de excelente aspecto. Mas estão a imaginar eu alone, com uma cabidela num pirex, cheia de molho, a andar 2km no carro? Pois, tapetes cheios de gordura, cheirinho bom no carrito e um belo final para este dia.
Vá lá que o meu irmão tem uns belos vinhos em casa.....

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