Aconteceu... "fomos colocados"
Infelizmente, aconteceu.
Era Sexta-Feira, o Nuno saíu um pouco mais cedo do trabalho para em família fazermos um jantarinho fora e o Tiago poder correr um pouco ao ar livre.
E assim foi. Um fim de tarde agradável. Eram 22h quando regressávamos ao carro, que não estava estacionado a mais de 30 mts da entrada do restaurante. O Tiago já estava no carro, a Raquel estava no “ovinho” na mão do papá, para ser colocada no banco traseiro e eis que somos abordados por um indivíduo que até nem tinha mau aspecto. Chegou junto a nós dois, levantou ligeiramente a T´shirt, mostrou uma arma e puxou a bala na câmara e disse em voz não muito alta “Vou levar tudo, quero tudo!”.
Nem hesitámos, pedimos só que nos deixasse colocar a bebé no carro. Levou a bolsa (Caterpiller, não vão pensar que é coisa de bichona) do Nuno, com tudo lá dentro, carteira, chaves e telefones, mas quis a sorte que não levasse nada meu. Como já saímos mais tarde de casa do que pretendíamos acabei por não levar nada, pois não tive para organizar a mala.
Ainda nos apalpou para ver se tínhamos mais alguma coisa nos bolsos. Olhou para ver se tinhamos jóias e por respeito a essa grande instituição chamada casamento, deixou-nos ficar com as alianças (parece que afinal os bandidos ainda têm escrúpulos).
Seguiu todo feliz numa acelera em sentido contrário com alguém que o esperava.
Assim que chegámos a casa, ligámos para o telemóvel do Nuno na esperança que atendessem, o que sucedeu. O Nuno pediu-lhes que pelo menos devolvessem os documentos e propôs-se para pagar pelo seus próprios telemóveis. Ligaram de volta ao fim de meia hora a dizer que iam abandonar a bolsa no mesmo local com os documentos mas que depois logo combinavam uma negociação para os telemóveis.
O Nuno e o pai lá regressaram ao local do crime e recuperaram os documentos.
Felizmente que nós 4, os bens mais preciosos, saímos ilesos e intactos desta história. Ficaram os dedos e o anéis e ainda recuperámos os documentos. Chegava de contactos com bandidos, o resto era perda e decidimos mandar bloquear os telemóveis. Apesar de assustadora foi uma história com final feliz.
Desculpem, mas desta vez não tivemos oportunidade de tirar umas fotos para ilustrar esta mensagem.
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