quarta-feira, novembro 25, 2009

De volta ao quotidiano de Luanda

Já retomámos a nossa rotina em Angola.

A família de 4, quase nem dá para acreditar, 4, já veio para ficar e voltar ao seu quotidiano em Luanda. A Raquel já completou 6 meses, já come puré de legumes e fruta e lancha umas papas de cereais. Por isso já vai ficando com a bábá durante o dia.
O Tiago adora a creche. Recebemos grandes elogios dele sempre que o vamos buscar (mesmo sendo em francês, parecem ser elogios....!); depois de um período de adaptação complicado, agora é o mais participativo nas actividades, conhece todas as educadoras pelo nome, é bastante interactivo com as outras crianças. Adora as aulas de ginática e de pintura. Canta e conta em francês... Lindo!

E a mãe, de castigo, já voltou ao trabalho. Hehe. Mas ainda em pequenas doses.

O trânsito continua caótico, muitas vezes condicionante, senão impeditivo, de muitas decisões do dia a dia. Mas esta é a altura do ano por excelência, em que estar em Luanda é bem mais agradável do que estar em Portugal. Enquanto vos oiço falar em frio, vento, chuva, dias a encurtar e vos vejo empalidecer, aqui vamos à praia, à piscina, andamos descalços e enfrentamos os quase constantes 30º, dia ou noite. Tem sido gratificante nestes 2 meses, assistir ao crescimento das crianças neste ambiente de calor. É tão bom poder sempre fazer umas festinhas nos pezinhos minúsculos e descobertos da Raquel.
Para meter inveja, para variar, cá vão algumas fotos. É incrível como os pais passam a ser os actores secundários das suas próprias histórias.

Já sobre aqueles episódios únicos e irrepetíveis que só acontecem por cá, parece que nestes 2 meses escapámos. O nosso gerador é agora automático e funciona e tudo... (e mais necessário nesta época de verão). Hoje assisti a uma cena curiosa: o polícia sinaleiro mandou encostar um condutor que falava alegremente ao telemóvel, o que agora não é permitido. Sem qualquer problema, o condutor mandou o polícia aguardar porque estava a terminar a chamada, enquanto interrompia todo o trânsito que seguia no seu sentido. Lindo.

Há uns tempos, nas viagens do Nuno às províncias, numa daquelas aldeias que aparecem do nada e com pouco mais do que meia dúzia de habitantes, aparece a correr um agente da autoridade a mandar parar o Nuno. Saiu do outro lado da estrada para isso. Eis o espanto quando pediu ao Nuno que entregasse, na próxima cidade (100km) o correio oficial da polícia na esquadra local. Correio esse que ao ser entregue não causou qualquer espécie de surpresa no receptor, pois deve já ser o "método" habitual.

Mas há uma coisa a que continuo sem me habituar nesta altura do ano: chegar ao Natal com 30º. Tenho que admitir que este clima tropical não combina com árvores de natal e decorações natalícias na rua. Já o ano novo é diferente...

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