Mais uma "aventura" local...
Mais um daqueles episódios que parecem tirados de um filme cómico dos anos 30... Mas aqui é muitas vezes assim, só que apenas registamos aqueles que são ainda mais além do ordinário...
Domingo passado decidimos, como já o fizemos inúmeras vezes, passar o dia de praia e pesca na contracosta do mussulo, local onde recentemente levámos o Paulo e a Sara. Praia fantástica, mar forte, sol a torrar, quitetas (cadelinhas) com fartura e um dia em pleno.
O caminho para lá chegar, se a maré não estiver vazia, são uns 14 km de areias soltas, depois de uma picada em terra batida com alguns buracos, iguais aos que se encontram mesmo no meio da cidade. Claro que para isso é preciso tirar uns "bar's" de ar nos pneus que são depois restituídos no final do dia com um compressor que já temos.
Por volta dos 11 km feitos, o carro desligou-se... sim, íamos a rolar e o carro "apagou-se". Já me tinha acontecido tal coisa há um mês, situação pela qual o carro tinha sido "completamente" reparado. Mas afinal.... nada de água no motor e com o aquecimento ele apagou-se.
Lá tivemos que chatear um colega de trabalho que, com um mecânico, se puseram a caminho do spot. Eram umas 10 da manhã. Curtimos o dia na praia e eis que eles chegaram por volta das 14:00 (sim que o tal spot ainda fica a uns 70km da cidade).
Lá conseguimos colocar água no carro e ficou a trabalhar aparentemente sem problemas. Os colegas, com a sensação de ajuda prestada, voltaram para Luanda e nós, calmamente acabámos de desmontar a coisa toda (canas, cervejas, quitetas, etc).
Quando íamos a sair, 15:30, recebemos uma chamada de um dos ajudantes porque estavam atolados na areia, no caminho de regresso, a uns 2 km de onde nos encontrávamos. Lá se inverteram os papeis e passámos de ajudados a ajudantes e fomos rebocar os dois carros, um de cada vez, porque um deles tinha perdido a tracção total e o outro, ao ajudar, atolou. 30 minutitos e estava feito o trabalho, quando o meu carro torna a aquecer e a desligar-se! Mas desta vez, já na picada, felizmente. A partir daí, fomos andando e metendo água, andando e metendo água....
A certa altura, o carro pára mesmo e a água tinha acabado. Um dos ajudantes saiu para ir buscar mais água, tempo aproveitado para mudar um pneu do nosso carro que entretanto tinha furado!
Lá se conseguiu colocar mais água e lentamente chegámos à estrada. Nesta altura, decidimos todos que o melhor era mesmo seguir a reboque, com um cabo que infelizmente era curto, mas era o que havia. Lá seguimos cerca de 20km a reboque, desligando o carro nas subidas e voltando a ligar nas descidas só para ter travões e não abalroar o ajudante que me puxava e que já tinha sido ajudado nas areias. Benditas areias, que atolaram os dois ajudantes que tive que ajudar e que voltaram à condição de ajudantes no final.
Um dia aqui....
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